Sabe a empatia? Tira ela do bolso.

By Juuliana Priscila - 21:08

Antes de ir para o texto vamos para uma breve introdução! Porque é com alegria que eu digo que hoje o texto não é meu. Hoje, o texto é de uma grande amiga, madrinha, advogada e comunicadora: Bruna Neri Dantas, que assim como eu deu cinco minutos e deixou o sentimento guiar os seus dedos. Sempre digo que esse blog não é só meu é de todos que sentem vontade de desabafar, gritar ao mundo e essas coisas, então espero que gostem e se você sentir de compartilhar algo: fique à vontade! 

Você já deve ter ouvido as frases: “É preciso ter empatia”, “Mais amor, por favor”, “Se coloque no lugar do outro”, talvez tenha chegado a hora de colocar todas essas frases efetivamente em prática. 

Temos vivido dias difíceis, nos noticiários a cada instante informam as atualizações sobre uma pandemia que parece não ter fim. 

Diante desse cenário, temos a recomendação do isolamento social como medida de evitar a propagação do vírus, medida esta que tem dividido opiniões uma vez que tem restringido o trabalho de milhares de pessoas. 

Os discursos nesse sentido são diversos: “Temos que preservar a vida”, “A economia não pode parar”, “A economia se recupera, mas as vidas não”, “O isolamento social é a medida recomendada”, “Isolamento apenas para as pessoas do grupo de risco”, dentre outros. 

São tantas as falas e opiniões que já não sabemos mais por qual caminho seguir. Fato é, não existe certo ou errado, mas sim a realidade de cada indivíduo.

Aos que defendem o isolamento horizontal por medo do contágio, em sua grande maioria (não todos) possuem o mínimo de condições de assim se manter pelo menos por um tempo. Criticam os que querem a volta ao trabalho sob a alegação de que estes não se preocupam com a preservação da vida.

Em contrapartida, temos aqueles que são favoráveis à volta ao trabalho, não por ignorarem a vida e a tudo que estamos vivendo, mas simplesmente pelo fato de que necessitam trabalhar para se manter. Apontam as pessoas que defendem o isolamento dizendo não se importarem com a situação econômica do país. 

E é exatamente nessa divisão de opiniões que entra as famosas frases citadas no início do texto... Chegou a hora de termos empatia, de nos colocarmos no lugar do outro. 

Estamos todos na mesma situação, mas em realidades distintas e que devem ser respeitadas. Ninguém está certo ou errado por defender o isolamento ou a volta ao trabalho, não é o momento de apontarmos o outro, mas sim nos colocarmos no lugar dele e entender o que o leva a pensar de tal forma.

Todos estão vivendo a pandemia, uns em condições mais favoráveis de se manterem isolados, outros vendo suas famílias sem recursos, sem condições de pagar um aluguel, vendo seu pequeno negócio falir. 


Ninguém é a favor de se colocar em risco por simplesmente defender uma opinião, mas na maioria das vezes por necessidade, da mesma forma que ninguém escolhe manter-se isolado por defender um ideal, mas sim por medo, para preservar sua saúde ou de um familiar em risco.

Seja qual for a decisão do outro, esta deve ser respeitada. “Cada um sabe onde o calo aperta”. 

Não existe certo ou errado, o que existe é um cenário crítico, onde o que mais precisamos é efetivamente colocar em prática o amor, a solidariedade, a nossa humanidade, o respeito ao próximo, nos colocarmos de fato no lugar no outro e assim contribuir para o bem comum. 

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