Você lembra que na semana passada falamos sobre a mania de pegar buquê? Pois é, aquilo foi só um aperitivo para esse post. Hoje nós vamos conhecer a história do casal que eu mais amo nesse mundo, meus pais! Assim, a partir de hoje inicio as publicações que contam a experiência de outras pessoas. Claro que se você quiser compartilhar aqui a sua história, fique a vontade para escrever nos comentários ou entrar em contato comigo pelas redes sociais. Vamos a história?! Siiiiiim!
Essa história começa antes dos meus pais se encontrarem, meu pai, quando era criança, sonhou que estava em uma guerra e o avião em que estava caiu, a enfermeira que cuidou dele era a minha mãe, que ele nem sabia que ela existia. Só depois de um tempo reconheceu que a minha mãe era a enfermeira do sonho. Eu particularmente adoro essa parte da história! 

O encontro deles só aconteceu quando meu pai tinha 14 anos e minha mãe 17, num momento de diversão dos amigos que tinham em comum. O meu tio paterno namorava com a prima da minha mãe que à levou para jogar vôlei com a galera e foi então que se encontraram a primeira vez. Meu pai conta que minha mãe era muito séria e muito bonita, que todos os meninos queriam namorar com ela (naquela época os termos que usamos hoje nem existiam). Depois de um tempo, quando eles já se conheciam o meu pai foi pedir a minha mãe em namoro, sabe o que ela disse? "Tem certeza? Você não quer pensar?" e o meu pai disse que tudo bem e foi pensar se realmente queria isso mesmo (rs'). Depois de um tempo ele tentou de novo e disse que tinha certeza do que queria. Começaram a namorar! Uhuuuull.

Mas nem todo mundo concordava com isso, inclusive alguns da família, por conta da diferença de idade entre eles e da maturidade da minha mãe. Tanto que teve um tio que falou para o meu pai que ela era muita areia para o caminhãozinho dele, depois que os filhos vieram sabe qual foi a resposta do meu pai para esse meu tio? Que ele deu conta e fez em 4 viagens (isso porque tiveram 4 filhos lindos)! Mesmo que não concordassem com o namoro ninguém tentou separá-los e nem tratavam mal a minha mãe, só achavam que não ia dar certo.


Eles namoraram durante uns 5 anos e depois noivaram, foi então que a grande surpresa veio! Euzinha! Na primeira vez deles aconteceu que o amor deles transbordou e me gerou, mas minha mãe sempre diz que esse é um exemplo que não devo seguir, ter filho e se relacionar dessa forma só depois do casamento porque precisamos nos preparar e há coisas que só cabem ao casamento. 

Mas eles só souberam da minha existência com 6 meses de gestação, dá para acreditar? Isso aconteceu porque como minha mãe estava com alguns problemas de estresse pensou que era uma gastrite, tanto que ela fez até endoscopia, sim enquanto estava grávida, só então que descobriram que a Juju estava ali. E também não notou porque a barriga só foi crescer depois que soube sobre a gravidez. Eles falaram que foi a melhor surpresa que receberam  e minha mãe disse que sabia como eu ia ser porque sonhou comigo (já viu que essa família é bem sonhadora né? rs').


Durante a gestação eles casaram no civil e só depois de 2 meses do meu nascimento que receberam a benção de Deus, se casaram na igreja. Nesse dia eles estavam lindos, claro que eu não lembro mas eu
vi nas fotos (rs'), no final meu pai me pegou no colo e saímos juntos. Essa atitude do meu pai fez com que a igreja toda chorasse porque minhas tias falam que isso foi uma prova de que ele estava me assumindo. Elas estavam certas, meu pai ter feito isso z mostrou que assumia tanto eu quanto a minha mãe, que mesmo as coisas terem acontecido um pouco fora da ordem ele não ia ser muleque de não assumir a sua filha e esposa. Mesmo que ele fosse imaturo para muitos ali foi homem o suficiente para assumir o peso da responsabilidade! É por isso que eu o tenho como um herói, porque ele tem essas atitudes até hoje! 

Antes que você pense "nossa é o casamento perfeito", não é! É sim exemplo de pessoas que assumiram a responsabilidade de formar uma família e que se uniram para vencer todas as batalhas, porque eles tiveram crises (bem poucas) mas superaram com uma garra que hoje em dia muitos não fazem. Meu pai diz que a minha mãe é quem ajuda ele a ser melhor, um homem de verdade, e é nítido ver que ele leva a alegria a ela. Sim eles são opostos, mas isso é bom porque equilibra, o que um não tem o outro completa, isso é o casamento.

Sabe porque eu contei sobre essa história? Porque muito tem sido dito e gritado aos sete cantos do
universo que a família e o matrimônio está falido, não é verdade, e eu tenho exemplo dentro de casa. Só meus pais que vivem isso? Não, há muitos outros casais, e ainda vou contar a história deles aqui, que demonstram o quanto a família e o matrimônio é algo vivo, se vivido da maneira correta, porque sim há uma maneira correta de se viver, mesmo que muitos não aceitem. Para isso é preciso viver um bom tempo de espera (estar solteiro), namoro, noivado para que o casamento dê bons frutos, se em alguma dessas fases ocorrer um erro cabe a cada um assumir a sua escolha e buscar melhorar, porque erros e desafios sempre acontecerão. Eu vejo que o mundo está assim porque a família está ferida, perdeu-se o sentido dessa dádiva de Deus e posso dizer que um bom casamento, vivido com amor, gera boas pessoas. Porque sim aprendemos as coisas em casa e quando isso não acontece o estrago pode ser enorme!

Encerro esse post convidando você a refletir sobre onde começou a sua família, por mais que seus pais tenham se separado ou não os tenha mais, veja tudo o que eles fizeram por você, e se isso não aconteceu busque conhecer a história deles porque ás vezes eles não tiveram e por conta disso te feriram, mas não porque não te amam mas não saber lidar com muitas situações. Tome os seus pais como exemplo, caso não seja bom você pelo menos aprendeu o que não se deve fazer. O que nos falta muitas vezes é conhecer a nossa história porque nela há a resposta para muitas coisas e os ensinamentos para vivermos bem.