Vamos de mais contribuição dos nossos leitores, gosto assim! 

Diante do cenário de pandemia que estamos enfrentando, diversos são os discursos políticos, todos com o intuito de que acreditemos que estão sempre pensando no bem da população. 

As medidas de prevenção adotadas pelas autoridades vêm sempre acompanhadas do discurso “nossa preocupação é preservar as vidas”, “precisamos priorizar a vida e saúde da população”, “a vida em primeiro lugar” e tantas outras frases. 

Mas será que realmente todos os políticos estão tão preocupados assim com a vida da população como fazem crer em seus discursos?

As notícias sobre a pandemia da Covid-19 já vinham à tona desde o seu início na China, a qual rapidamente se alastrou por diversos países. 

Considerando a rápida transmissão do vírus pelo mundo, bem como a possibilidade de o Brasil também ser vítima dessa pandemia, chegou-se a questionar a realização do carnaval, uma vez que a referida festividade reúne pessoas de todo o mundo. No entanto, a mesma fora mantida pelas autoridades dos estados, tendo o vírus chegado ao Brasil logo na sequência. 

Ora, se realmente tais autoridades sempre estiveram tão preocupadas com as vidas, porque as medidas de prevenção já não foram adotadas logo no início? 

Se de fato a preocupação são as vidas e não a economia, porque lá atrás não abriu-se mão de uma festa que movimenta significamente a economia dos estados para preservar as vidas, uma vez que as aglomerações de pessoas vindas do mundo todo em uma festa carnavalesca poderia sim ser uma fonte de propagação do vírus? 

Será que todos esses discursos são realmente de quem se preocupa com a vida ou de quem apenas quer divergir de seus adversários políticos e construir antecipadamente seus palanques de campanha? 

Agora todo mundo quer ser herói, político que fez o bem para a população, o eficiente... Mas será porque de fato as vidas são importantes ou porque é preciso desde já traçar um caminho para as próximas eleições? 

A saúde há tempos está precária, falta de leitos, profissionais, de atendimento básico. A saúde sempre foi tema de campanha política, mas a desculpa da falta de verba sempre serviu de “muleta” para cumprir com o prometido, mas incrivelmente uma pandemia conseguiu levantar até hospitais de campanha rapidamente. Será que realmente nunca houve verba para investir na saúde?

Devemos ficar atentos e buscar informações precisas, não apenas nos deixar convencermos pelo o que a mídia quer que acreditemos. Por trás de todos esses discursos, há muito interesse político que nossos olhos não veem. 

Será que quando tudo isso passar, a vida e a saúde continuarão sendo prioridade? É preciso refletir!

Escrito por: Bruna Neri

Antes de ir para o texto vamos para uma breve introdução! Porque é com alegria que eu digo que hoje o texto não é meu. Hoje, o texto é de uma grande amiga, madrinha, advogada e comunicadora: Bruna Neri Dantas, que assim como eu deu cinco minutos e deixou o sentimento guiar os seus dedos. Sempre digo que esse blog não é só meu é de todos que sentem vontade de desabafar, gritar ao mundo e essas coisas, então espero que gostem e se você sentir de compartilhar algo: fique à vontade! 

Você já deve ter ouvido as frases: “É preciso ter empatia”, “Mais amor, por favor”, “Se coloque no lugar do outro”, talvez tenha chegado a hora de colocar todas essas frases efetivamente em prática. 

Temos vivido dias difíceis, nos noticiários a cada instante informam as atualizações sobre uma pandemia que parece não ter fim. 

Diante desse cenário, temos a recomendação do isolamento social como medida de evitar a propagação do vírus, medida esta que tem dividido opiniões uma vez que tem restringido o trabalho de milhares de pessoas. 

Os discursos nesse sentido são diversos: “Temos que preservar a vida”, “A economia não pode parar”, “A economia se recupera, mas as vidas não”, “O isolamento social é a medida recomendada”, “Isolamento apenas para as pessoas do grupo de risco”, dentre outros. 

São tantas as falas e opiniões que já não sabemos mais por qual caminho seguir. Fato é, não existe certo ou errado, mas sim a realidade de cada indivíduo.

Aos que defendem o isolamento horizontal por medo do contágio, em sua grande maioria (não todos) possuem o mínimo de condições de assim se manter pelo menos por um tempo. Criticam os que querem a volta ao trabalho sob a alegação de que estes não se preocupam com a preservação da vida.

Em contrapartida, temos aqueles que são favoráveis à volta ao trabalho, não por ignorarem a vida e a tudo que estamos vivendo, mas simplesmente pelo fato de que necessitam trabalhar para se manter. Apontam as pessoas que defendem o isolamento dizendo não se importarem com a situação econômica do país. 

E é exatamente nessa divisão de opiniões que entra as famosas frases citadas no início do texto... Chegou a hora de termos empatia, de nos colocarmos no lugar do outro. 

Estamos todos na mesma situação, mas em realidades distintas e que devem ser respeitadas. Ninguém está certo ou errado por defender o isolamento ou a volta ao trabalho, não é o momento de apontarmos o outro, mas sim nos colocarmos no lugar dele e entender o que o leva a pensar de tal forma.

Todos estão vivendo a pandemia, uns em condições mais favoráveis de se manterem isolados, outros vendo suas famílias sem recursos, sem condições de pagar um aluguel, vendo seu pequeno negócio falir. 

Ninguém é a favor de se colocar em risco por simplesmente defender uma opinião, mas na maioria das vezes por necessidade, da mesma forma que ninguém escolhe manter-se isolado por defender um ideal, mas sim por medo, para preservar sua saúde ou de um familiar em risco.

Seja qual for a decisão do outro, esta deve ser respeitada. “Cada um sabe onde o calo aperta”. 

Não existe certo ou errado, o que existe é um cenário crítico, onde o que mais precisamos é efetivamente colocar em prática o amor, a solidariedade, a nossa humanidade, o respeito ao próximo, nos colocarmos de fato no lugar no outro e assim contribuir para o bem comum. 

O texto de hoje é para nós, cristãos, que ainda não entendemos o sinal deste tempo. Estive pensando nesses dias quantas vezes ouvimos irmãos sendo voz de Deus para nós advertir sobre a necessidade de vivermos uma vida mais autêntica e sairmos da situação que estamos? Quantas vezes Deus pediu para voltarmos as origens e abandonarmos as atitudes que impedem a ação do Espírito Santo? Quantas vezes Deus pediu para despertamos para a vida nova?

Pois é, não importa a pastoral, movimento, vocação ou missão que Deus confiou a você, não importa nem mesmo a região que mora; com certeza você já viu e ouviu os alertas e o avisos de Deus para mudarmos as atitudes de fariseus para cristãos verdadeiros. Para sermos guiados pelo Espírito Santo e não por nossos achismos, para obedecermos a Deus e não ao meu ego. Para deixarmos Deus aparecer e eu diminuir, para viver mais e falar menos e de parar de mandar nos outros como se fossem meus servos.

Aqueles alertas não foram suficientes para nós, o quanto caímos em nossos pecados, o quanto levamos a Igreja a ser mal vista e o quanto não honramos a Deus naquilo que Ele nos confiou?

Mas eis, que um bichinho, invisível aos nossos olhos, chega e dá um tapa em toda a humanidade, em todos os sentidos. Um tapa tão bem dado que nos impede até mesmo de realizar o básico do nosso dia a dia. Um vírus que foi capaz de quebrar a rotina inquebrável e nos jogou frente ao espelho todas as nossas misérias, aliás das misérias do mundo inteiro.

E pergunto se esse tapa será suficiente para deixarmos o orgulho e a prepotência de lado, deixarmos de lado o "eu faço, eu aconteço", deixarmos o coração aberto para Deus e não para o que eu acho? Será que tudo isso é suficiente para eu viver de fato a minha fé sem me preocupar em mostrar ao outro? Será que eu vou entender a importância do meu chamado e que eu cuido de almas e não de brinquedos? 

Passou da hora de acordarmos para a realidade e abrirmos nossa alma para sermos cristãos autênticos, passou da hora de para de mostrar aos outros que sou Santo, e buscar mais a santidade. Passou da hora de pararmos de "ser Deus". Espero que nós, cristãos possamos verdadeiramente depois dessa pandemia e desta Páscoa, sermos totalmente diferentes e fortes, vivermos a vida nova em Cristo e sermos discípulos missionários que buscam o céu para si e para TODOS. Não espere mais um tapa ou uma surpresa para entender o que Deus quer para nós como Igreja e cristãos.

Essa pergunta rodou alguns dias durante a pandemia, muitos compartilharam nas redes sociais. No começou gerou raiva, porque alguns usaram o nome de Jesus e toda essa situação triste como julgamento para defender o final do isolamento social, por temer a quebra da economia e o contrário também aconteceu. Depois gerou, em mim pelo menos, uma profunda reflexão do qual não tive resposta, apesar de alguns conseguirem solucionar tão rápido. Mas ao iniciar a vivência do Tríduo Pascal, eis que meu coração encontrou uma resposta. Se é a certa não sei, mas foi aquilo que me acalmou e compartilho com você agora. Então que fique claro: isso não é indireta, é apenas um compartilhamento da resposta que tive com as minhas reflexões, okay?

Se Jesus estivesse aqui..., primeiro que Jesus está aqui Ele morreu na Cruz, mas ressuscitou ao Terceiro dia e não é inerte ao sofrimento. Segundo, Jesus não escolheria um ou outro, porque Ele veio para TODOS, e pra Ele TODOS são TODOS. Ele cura os doentes e salva muitas situações, desde que abramos nosso coração e a porta da alma para Ele fazer o que precisa ser feito. Jesus não coloca um grau de importância na doença ou na falta de dinheiro, ou ainda no problema psicológico e o pecado que temos, mas sim aquele que se arrepende e tem um coração contrito. É a mesma coisa que acharmos que só os bandidos precisam de conversão e quem comete coisas menores não. Na Palavra mesmo diz: "o que é mais fácil dizer: os teus pecados estão perdoados ou levanta e anda?"(Lc 5, 17-26). Com isso Ele mostra que cada um tem um ponto a ser curado, tratado e cuidado, nem sempre é o que achamos ser o certo. Pelo menos é isso que Ele nos ensina na Bíblia e na vivência das orações.

Sim, precisamos dar toda atenção aos doentes, mas também precisamos cuidar daquilo que sustenta o povo, porque uns morrerão pela doença e outros pela fome. Cada um tem uma missão nesta terra: para uns a missão de curar e tratar as doenças, os médicos, e para outros a missão de dar soluções para que as pessoas continuem se sustentando, políticos, economistas, administradores. Infelizmente, e isso não é ser ganancioso é ser realista, o dinheiro que compra os medicamentos e o EPI, é ele que alimenta as famílias... Então, se os responsáveis deixarem a economia de lado as pessoas podem morrer por outras coisas, eles precisam cuidar das duas situações. Já pensou se só existisse médicos? Como ficaria os outros pontos a serem cuidados? Eles não dariam conta! Deus é perfeito, para cada pessoa deu uma missão e nós caímos na tentação de achar que um é mais importante que o outro, e não é!

Jesus, com a sua morte na Cruz e sua Ressurreição ensina que de toda tragédia podemos tirar uma lição e sermos pessoas novas. Ensina a não ficarmos de cabeça baixa só olhando a desgraça e murmurando. Mas o que nós estamos fazendo? Só olhamos para o túmulo, não que isso não seja importante, mas é preciso olhar para fora e ver que há vida fora disso tudo. É parar de julgar o outro e olhar para todos, porque TODOS são importantes e merecem amor, cuidado e cura. Olhar para a necessidade de cada um e pararmos de ser fariseus, que falam acima dos telhados, mas são vazios de atitudes no dia a dia. Todo mundo, repito TODO MUNDO ESTÁ SOFRENDO! A humanidade grita como a mulher com as dores de um parto!

Então, pare de usar o nome de Jesus para justificar os seus achismos e dar crédito ao seus argumentos, porque quando Ele precisa de você só escuta desculpas e vê apenas suas costas. Ao invés de perguntar o que Jesus faria, questione: Eu estou olhando mais para os doentes ou os pobres? Eu acho mais importante a economia ou a medicina? Aprenda a olhar para todos da mesma maneira que quer que os outros olhem para você.