Boa noite! Como vai? Moça, nunca imaginaria que mandaria isto para você rs. Não sei se lembra de mim, trocamos poucas palavras em um evento da Jornada Mundial da Juventude, na Semana Missionária. Estava lendo (relendo, trelendo kk...) seu blog, e sua visão à cerca da realidade é extremamente excepcional e bela, refletindo a prudência (que pode ser traduzida como sabedoria também) que há em você, à sua atividade do inteligir e do agir eticamente, dentro da moral que foi apreendida por você ao longo de sua vida. Você utiliza de seu passado, de sua vivência, de suas experiências adquiridas com o mesmo para reler toda sua trajetória percorrida, até o presente momento; ressignifica seu passado, reencanta o mesmo, e o faz de uma maneira extremamente pedagógica e didática (muita redundância nesta proposição, mas amém rs). A releitura feita de contos de fadas e histórias de romance disto, pondo à prova tudo que aprendeu na sua infância com eles, em relação à sua fase jovial (presente), ressignificando-a. Sei que me vi em muitas de suas publicações que envolviam histórias da tua pessoa: Caramba, existe mais alguém que tinha um sonho de infância de ser um arqueólogo(a)? E ainda mais, especialista no Antigo Egito? Eu amo história, considero uma dádiva deixada por nossos ancestrais, e não um mero bloco monolítico, como muitos dizem e pensam. Muitas das coisas que fazemos, muitos dos costumes que temos, refletem uma construção histórica, elaborada de uma forma mágica, passando de século a século, de era à era. Somos frutos de uma soma de fatores socioculturais ao longo do tempo, e estes, começaram lá atrás, quando o ser humano começou a se socializar. Este é o papel do arqueólogo: desvendar isto, o que as sociedades que nos precederam , e que somos frutos das mesmas, faziam, em todas as áreas possíveis. E, ainda mais, amo o Antigo Egito, os faraós, a forma como este tipo de sociedade se organizava, a forma como construíram as pirâmides, a arte da mumificação, a forma como se tornaram a potência pós-neolítica... É algo sensacional. Tenho o mesmo amor por dinossauros, os répteis gigantes roubaram meu coração kk... E quando disse Tomb Raider e "A Múmia", soltei uma gargalhada kk... Além destes, que me inspiraram em me interessar por arqueologia, o que me influenciou muito também foram os "Rock Animal", uns brinquedos que vinham com a revista Recreio, e que sempre vinham uma pedra, que se transformava em animal, e um livrinho de histórias, que narrava as aventuras do Dr. Gemma (um arqueólogo Emoticon grin kk), que escavando e estudando ruínas, descobria estas pedras que se transformavam em animais, que eram contemporâneas à ruína estudada. E a primeira edição? Claro que era do Egito. Me identifiquei muito também com sua timidez retratada, cheguei até a me ver em relação à mesma e seus corolários na sua vida (suas atitudes rs), principalmente em seu testemunho sobre o PHN rs. Você foi muito corajosa, meus parabéns por isto. Não só por ter passado por isto em sua vida, mas por ter exposto isto. Sempre tive a visão de que tudo que for dito por mim, pode sempre (e será, sem sombra de dúvidas) ser usado contra mim. Por conta disto, não tenho confiança total em ninguém, além de Deus. Expor sua história desta forma, é algo muito significativo. Não sei se um de seus focos era evangelizar, mas está sendo. Pudera os jovens, como também os católicos em geral, da Igreja relerem seus passados desta forma! A Santa Igreja seria mais. Mas, é santa e pecadora. Também sua visão à cerca de temas essenciais, imanentes a você, é esplêndida. Você socializa isto de tal forma, que se torna verossímil, sendo que de fato o é! Isto é a prudência, a serenidade. Concordo na maioria dos pontos, discordo em alguns rs, mas continue assim, o blog está ótimo, continuarei acompanhando!Tenho umas dicas também, quando você posta algo sobre a sociedade, incide sobre análises que o prof. Olavo de Carvalho faz (por ser da nossa sociedade atual), incidindo sobre temas como: niilismo, hedonismo, metacapitalização humana, dentre outros... Recomendo que leia uma obra dele (introdutória): "O Mínimo que você precisa saber para não ser um idiota" - calma, o conteúdo do livro não tem nada a ver com a concepção contemporânea de "idiotice", é uma obra (um compêndio, na verdade rs) ótima. O livro é um tanto caro, mas quando puder, procure conhecer. Não sei se já leu, ou se já ouviu falar dele, mas ele faz uma análise ótima da sociedade também, sob um vies filosófico. Também a logoterapia de Viktor Frankl, um psiquiatra judeu que vivenciou a morte de perto: sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, na alemanha nazista. A logoterapia é sensacional: é uma terapia que consiste em fazer o paciente encontrar um sentido para sua vida, basicamente. Frankl parte de sua experiência vivida no campo de concentração, daquilo que viu seus "parceiros" buscarem e fazerem, para manter-se lúcidos e esperançosos, ou para se entregar de vez à loucura e a desesperança. Felipe Moura, neste livro e através dos artigos do Olavo (que o Olavo mesmo que fez este paralelo) com a busca pela vocação. Como também, os textos sobre o existencialismo de Sartre, muito produtivos e recheados de interpretações morais sobre a vida. São dicas, só para acrescentar mais o blog. Fique com Deus! Pax (Guilherme Jorge)