Imagine a seguinte situação: você, durante muito tempo, antes de tomar uma decisão pensou em cada passo e se afetaria as pessoas. Você se privou de tantas coisas para ajudar os que estavam a sua volta e deu o seu melhor, mas, muitas vezes, não recebeu nem mesmo um "obrigado" ou, pior, só recebeu mais críticas e peso nas costas. Fora quando se decidia por caminhos que beneficiava mais as pessoas e isso lhe deixou incomodado, como se algo estivesse fora da caixinha. Mas, com o passar do tempo, decidiu que tomaria decisões sem pensar muito no que os outros acham ou se os afetaria. Isso porque a vida também começou a exigir disso de você, decisões um pouco mais drásticas. E o que aconteceu? As pessoas começaram a dizer que isso era uma injustiça, egoísmo e que você não pensava nos outros. Sem contar as pressões psicológicas que fizeram, como que para se sentir culpado ou voltar atrás. Só que pela primeira vez, em muito tempo, você se sentiu livre, em paz e feliz, e nada fará com que volte atrás na sua decisão. 

Quantas pessoas passam por isso hein?! Uma vez que tomamos uma decisão importante e não agrada os demais somos tachados de tudo isso daí (rs'). Infelizmente, acontece e, talvez, com mais frequência do que imaginamos. O problema é que as pessoas querem muitas vezes controlar a vida dos outros e nos transformar em marionetes, já falei disso aqui. Ainda mais hoje em dia, as pessoas acabam sendo, o que meu pai chama de, folgados. Pra eles é muitas vezes cômodo jogar nas suas costas ou fazer com que tudo seja em benefício próprio, quando rompemos com essa realidade se viram contra porque sabem que vão precisar sair do seu mundinho. Como sempre falo aqui, vão ter que deixar de ser mimadinhos. rs' 

Minha tia (muito sábia) sempre diz que pensamos demais nos outros, porque realmente temos boas intenções, para que eles não sofram e tal, mas não vemos que precisam viver isso para crescer, como você precisou sofrer diversas vezes para amadurecer, não é mesmo? Acabamos, sem querer e com boas intenções, levando uma vida que não nos pertence e deixamos a nossa de lado. Quando tomamos a decisão de devolver a vida do outro e tomar posse da nossa, nos colocamos no nosso lugar, os "mimadinhos" (por nós. rs') dão "pitti", igual aquele menino do comercial do brócolis (rs'). Neste momento, da mesma forma que você teve peito para romper e voltar para o que te pertence, terá que ter para permanecer e não se deixar influenciar por essas "birras". 

Ao contrário do que ás vezes pensamos, toda a situação lá do começo, não é de forma alguma egoísmo ou injustiça com os demais, principalmente quando você pensa demais nos outros. Há momentos na nossa vida sim de que precisamos pensar em nós, naquilo que nosso coração grita e na nossa felicidade. Sim, ás vezes você precisa ser como essas pessoas que dão "pitti", pensar menos nos outros e mais em você. Precisamos sim de menos egoísmo no mundo, mas temos que encontrar o equilíbrio do amor próprio e não nos anular por conta dos outros.

Sabe o que é engraçado? Que quando essas pessoas agem como você agiu, elas estão certas, há muitos motivos que justificam e estão vivendo o amor próprio. Agora me diz uma coisa: por que quando é com você o jogo muda? Ué, dois pesos e duas medidas? Nesse caso é egoísmo, mas deles! Por isso que precisamos saber equilibrar entre o amor o próximo e a si mesmo, senão acabamos sendo egoísta, como eles, ou altruíta (como nós. rs'). Cabe a cada um refletir e encontrar o ponto certo entre estas duas palavras.