O que aprendi com o tal caso da Hinode?

By Juuliana Priscila - 09:00

E laia, lá vai a Juliana querer causar e cutucar as polêmicas(rs'). Antes de começar a desenrolar o texto de hoje, quero deixar bem claro que NÃO VOU aqui "meter o pau" na Hinode, ou qualquer outra marca que siga esse tipo de serviço. Ou, ainda, criar uma tese para defender ou atacar. Cada um tem a sua opinião e sabe das escolhas que faz. O que vou compartilhar aqui foi algo que refleti vendo trocentas pessoas que conheço que estão envolvidas com esta ou outras empresas. Então, não se "arme" e nem fique bravo, caso esteja dentro deste sistema, leia o texto com a mente aberta. Você que não está dentro deste serviço não se empolgue porque esse texto não tem o intuito de apontar o dedo. rs'

Nos últimos tempos, a nova "febre" agora são as famosas empresas de Marketing Multinível (MMN), conhecido também como marketing de rede. Resumidamente, é a distribuição de bens ou serviços em que o ganho pode, tanto, vir das vendas de fato ou do recrutamento de novos vendedores, um exemplo disso é a Hinode. Não só ela, existem muitas outras, citei essa empresa porque como ela está em alta fica mais claro na nossa mente sobre o que estamos falando. Sim, há muita confusão entre esse tipo de modelo comercial com a famosa teoria da pirâmide, mas não vou abordar aqui por que a internet já está cheio disso (rs'). 

Vamos à reflexão, se observarmos a maneira como essas empresas se promovem a grande maioria delas seguem um padrão, a de mostrar o quanto entrar nesta rede mudará toda a sua vida, inclusive há até um vídeo na internet brincando sobre isso. Elas estimulam o empreendedorismo (isso é legal) mas enaltecem o luxo e afirmam que ao entrar, e fazer a sua parte, você pode ter tudo o que sempre sonhou. Não é só as empresas que estimulam isso mas MUITOS do que estão em estágios mais altos dentro destes serviços também o fazem. Esse foi o ponto que trouxe toda a reflexão de hoje. Repito (sempre bom frisar): não estou aqui julgando, apenas estou citando o motivo que me fez refletir!

Quantas pessoas, que conhecemos, estão envolvidas nisso e parece que estão meio que “hipnotizadas” não é mesmo? Muitas vezes só te procuram para oferecer os produtos ou te convidar para fazer parte da rede (isso sim é chato. Rs'), pessoas que há décadas não falam com você ou nem olham na sua cara. Sou bem sincera, quando a pessoa faz isso eu que já sou desconfiada fico mais ainda, além de irritada. Sem contar as inúmeras vezes que algumas, que são próximas de nós, procuram uma oportunidade, na conversa, para falar sobre o assunto e tentar te convencer. Isso quando menosprezam ou diminui a maneira como você ganha dinheiro, afirmando, muitas vezes, que isso te suga e não trará o retorno que tanto almeja. E assim vai os inúmeros exemplos, o fato é que as pessoas acabam mudando muito, e algumas, para a pior. 

Aaaah! Mas não são só as pessoas envolvidas com o MMN que estão agindo assim, nessa busca desenfreada de ganhar dinheiro, quantos de nós largamos casa e aquilo que mais vale a pena para nos matar de trabalhar na empresa que estamos ou nos freela que fazemos? Quantos de nós ficamos desesperados, essa é a palavra, em ganhar dinheiro para pagar as contas ou até mesmo para ter uma vida, não digna, mas repleta de luxo? Muitos! Isso não é só “mérito” dos “hinode´s” da vida, citei eles apenas para desenhar o assunto de hoje, como já disse e friso aqui novamente. O fato é que seja de um lado ou de outro, deixamos que o DINHEIRO seja a palavra que mais ecoa dentro de nós. E aí eu te pergunto, de fato: como você tem se sentindo? O que essa busca tem feito por você e a sua família? Até que ponto tudo isso tem valido a pena? Vale a pena se esforçar EXTREMAMENTE para vender produtos, conseguir novos vendedores ou trabalhar que nem o louco e deixar a tua família, amigos e amor próprio de lado? Será que essas empresas, produtos, serviços, patrões e etc merecem, realmente, esse esforço todo? E a última pergunta: O quanto você está ou é feliz com tudo isso?

Sabe, observar tudo isso me ensinou muito, o quanto eu estava focada em algo que não merece tanto valor assim e nem é o essencial. Comecei a reparar o quanto estava exagerando na busca de pagar contas e sempre ter um dinheiro sobrando. Além do trabalho comecei a buscar muitos “freelas” e projetos que aumentassem a minha renda, chegava em casa exausta e por ter assumido muitos compromissos não podia descansar, aí lá ia eu virar a noite. Ficava extremamente fatigada e colocava a culpa no trabalho, porém quando comecei a observar a situação de inúmeras empresas MMN vi que eu não era diferente deles, que me irritavam (rs'). Depois disso acordei e percebi que eu não estava feliz e estava depositando minhas energias em algo que não valia a pena, estava deixando coisas essenciais e abandonando muitos sonhos meus. Foi então que , em meu coração, veio a seguinte frase: “dinheiro não é tudo na vida! Eu dou o que é necessário para você viver bem, precisa acreditar que eu tudo vou providenciar... Viva e trabalhe com dignidade, faça a sua parte sim. Mas isso não quer dizer matar a verdadeira felicidade ou se anular”. Então, Se o meu trabalho, seja Hinode ou não, rouba a minha dignidade e felicidade é melhor parar e rever o caminho, porque a probabilidade de ficar frustrado será maior. 

Além disso, lembrei daquilo que ouvimos desde pequenos: os pobres podem não ter nada, mas já reparou o quanto eles são mais felizes do que os ricos? Isso é um fato e não precisamos de estatísticas pra isso. Quantos ricos demonstram um brilho nas roupas e em seus rostos mas por dentro há uma imensa escuridão, enquanto os pobres podem não ter um dente na boca e nem dinheiro no bolso mas por dentro são as pessoas mais felizes do mundo? Vixi, vários! Então, por que será que insistimos em olhar para o luxo e as riquezas e continuar achando que isso dá felicidade? Pode parecer contraditório, mas a felicidade de qualquer ser humano que seja não está em nada do que projetamos atualmente, mas sim naquilo tudo que abafamos dentro de nossa casa e de nós mesmos.

Enfim, sabe o que eu aprendi com o tal caso Hinode? Que a felicidade é estar com a família e ali receber atenção, rir brincar, ou ainda ter um ombro que te receba sem qualquer interesse, a não ser o de te acalmar. São nessas coisas que “não enxergamos” que está a nossa riqueza e felicidade. Não tem preço você se reunir com os amigos e não pensar em dinheiro, trabalho e essas coisas, apenas rir e viver aquele momento. Não há trabalho no mundo que pague uma consciência tranquila e as costas livres de qualquer peso ao chegar em casa. Quem sabe quando valorizarmos mais isso e menos o dinheiro e marcas luxuosas seremos uma sociedade sem uma felicidade falsa e repleta de paz. Aliás, eu aprendi e ainda estou aprendendo a valorizar o que realmente importa, porque não é fácil tirar as escamas dos nossos olhos, mas não é nada impossível. 

Preste atenção: Eu não estou dizendo aqui que temos que parar de buscar nossos sonhos, não ter meta na vida e essas coisas, NÃO ESTOU! O que estou dizendo aqui é que nem todas as maneiras de encontrar tudo isso valem a pena, são reais. Existem caminhos que servem mais para nos afastar daquilo que queremos do que nos levar até eles, ou até mesmo tirando a nossa essência. Caminhos? Existem vários, mas cabe a cada um de nós saber escolher qual é aquele que nos levará ao destino que desejamos. O que estou defendendo aqui é o fato e a importância de valorizar mais o que é essencial do que o superficial, por que infelizmente estamos trocando um pelo outro. Além de te cutucar, como aconteceu comigo, para analisar se a sua felicidade é realmente real, e se for? Parabéns, continue! Se não for? Pare, refaça a estratégia e recomece, porque nunca é tarde.

Então, seja você Hinode ou não, que o seu esforço e trabalho seja para manter uma vida digna e possibilitar uma felicidade real e não maquiada. Seja para acrescentar algo bom na sua vida e não te tirar do que já é maravilhoso. Seja para te fazer REALMENTE FELIZ!









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